SOBRE O INFINITO
Nada
e Tudo é infinito.
Uma vez que somos compostos de energia, permaneceremos
pelo infinito, sendo transformados a cada ciclo. Jamais destruídos. Mas aqui,
vivemos em um corpo de energia densa, um corpo físico. E ele não irá durar para
sempre.
Embora estejamos imersos em uma espiritualidade que
sabe que a morte não é um ponto final, mas uma vírgula, a dor da perda é
inevitável.
Toda mudança é dolorida, mas para que algo se
transforme, é preciso que essa mudança ocorra. E a morte é uma delas. A semente
precisa morrer para se tornar árvore. Uma das muitas mestras com quem estudei
me disse uma vez que a morte é só um pequeno passo de uma nova jornada.
Isso é lindo, mesmo que a dor deixada seja
dilacerante. Embora em nosso coração fique um buraco com a falta de alguém, no
final das contas, essa dor é egoísta. Choramos a falta de uma energia em nossa vida,
e nos esquecemos que sua jornada aqui deu-se por completa – ao menos por
enquanto.
Logo, precisamos sim abraçar essa dor que nos consome,
e deixar que ela nos conte algumas histórias e nos ensine boas lições. Mas essa
dor também irá embora. Então, poderemos novamente nos relembrar que a morte física
- onde deixamos esse simples corpo para trás – é apenas um começo.
Um começo de uma caminhada que nos trará encontros,
despedidas e reencontros, e nos dará a certeza de que nunca estamos sozinhos.
Texto dedicado ao meu pequeno
companheiro de quatro patas que abriu suas asas e voou para o infinito.
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